sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Bovespa cai 2% e acumula perda de mais de 4% na semana; dólar sobe a R$ 1,853

UOL

Da Redação
Em São Paulo

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em forte queda nesta sexta-feira, com novas preocupações sobre a crise no setor financeiro (veja gráfico ao final do texto).

As ações da Sadia desabaram mais de 35% e contribuíram para o mau desempenho do mercado.

O Ibovespa, indicador das ações mais negociadas do Brasil, recuou 2,02%, a 50.782,99 pontos, acumulando perda de 4,28% na semana e 20,51% no ano.

O dólar comercial subiu 1,76%, a R$ 1,853. A moeda acumula alta de 1,26% nesta semana, marcada pela forte volatilidade com as incertezas sobre o plano de ajuda de US$ 700 bilhões.

Analistas indicam as pechinchas da Bolsa
É hora de investir na Bolsa ou de fugir?
O que fazer com ações da Petrobras agora

Dentro do Ibovespa, a ação que mais caiu foi da Sadia. Antes de iniciar o after market, o papel registrou queda de 35,48%, cotado a R$ 6. A empresa reconheceu nesta sexta-feira uma perda financeira de R$ 760 milhões com contratos futuros e opções de dólar e títulos podres de algumas instituições incluindo o americano Lehman Brothers, que foi à falência duas semanas atrás.

Acompanhando a Sadia, a fabricante de papel e celulose Aracruz anunciou perdas com operações financeiras no mercado de câmbio, mas disse à Bovespa que só saberá informar o valor das perdas após uma análise especializada.

O caso da Sadia e da Aracruz dá o sinal de que a crise financeira com epicentro nos Estados Unidos pode causar mais estragos no Brasil do que muitos acreditavam.

A mineradora Vale também esteve no foco da atenção dos investidores, mas por outro motivo. A imprensa da China afirmou que a mineradora deixará de exportar ferro para o país asiático. O presidente da empresa, Roger Agneli, no entanto, negou a informação.

Mundo
Três notícias esfriaram os ânimos dos investidores no mundo. Uma foi a de que os parlamentares americanos voltaram a se desentender em relação ao pacote do governo dos Estados Unidos para socorrer o setor financeiro.

O impasse levou o presidente dos EUA, George W. Bush, a fazer um pronunciamento na televisão dizendo que o país "precisa rapidamente de um plano de resgate aos bancos em dificuldade".

A segunda notícia foi a quebra do sexto maior banco americano, o Washington Mutual. Foi a maior falência da história do setor bancário dos EUA. O JP Morgan acabou comprando as atividades da instituição falida por US$ 1,9 bilhão.

Por fim, o governo dos EUA revisou pela terceira e última vez o cálculo do Produto Interno Bruto no segundo trimestre. A nova medição constatou que a economia americana cresceu 2,8% no período. Na leitura anterior, havia sido verificada expansão de 3,3%, sempre na taxa anualizada.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial