Dólar fecha a R$ 2,18; Bovespa valoriza 9,65% com disparada de NY
O mercado de câmbio negociou o dólar comercial a R$ 2,188 na venda, em retração de 2,49%, nas últimas operações desta terça-feira. O Banco Central colocou no mercado mais US$ 497 milhões em contratos de "swap" cambial, a vencer nos meses de janeiro, abril e junho de 2009. Esses contratos oferecem proteção ao agente financeiro contra as oscilações do câmbio e tendem a diminuir a pressão sobre os preços da moeda americana.
Em dia de trégua na crise, os investidores voltaram às compras e impulsionam a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), em alta de 9,65%, aos 32.274 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,7 bilhões. Somente nos últimos cinco dias, a Bolsa amargou perdas de 25,4%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York dispara 5%.
Os preços da moeda americana se mantiveram em queda durante o todo o dia, após dias consecutivos de intervenção agressiva do Banco Central. Desde o final do mês passado, o nível das reservas internacionais oscilou de US$ 206,486 bilhões para US$ 203,791 bilhões.
"Os importadores aproveitaram este momento para efetuar os pagamentos que estavam aguardando um patamar de taxas mais favorável, e que não podiam mais ser postergados, o que impediu uma queda maior das cotações", afirmou Miriam Tavares, diretora da AGK Corretora, em relatório sobre o mercado financeiro.
Juros futuros
Em um dia de ajustes, o mercado futuro de juros, que referencia as tesourarias de bancos, seguiu de perto a dinâmica do câmbio e rebaixou as taxas projetadas para 2009, 2010 e 2011.
No contrato com vencimento em janeiro de 2009, a taxa projetada cedeu de 14,13% ao ano para 13,90%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada caiu de 16,58% para 15,84%; no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista retraiu de 17,60% para 16,70%.
Fed e Copom
Investidores e analistas de mercado contam as horas para a "super-quarta", quando os comitês de política monetária, do Brasil e dos EUA, anunciam as taxas de juros básicas de seus respectivos países. Economistas do setor financeiro esperam que o Copom (Comitê de Política Monetária) mantenha a taxa Selic em 13,75%, diante do turbulento cenário mundial. Nos EUA, a expectativa se concentra por um novo corte dos juros americanos, provavelmente de 1,50% ao ano para 1,25%.
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