quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Investidor deve ganhar com fusão da Bovespa e BM&F

21/02/2008 - 09h48

São Paulo - Uma possível fusão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) com a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) seria muito positiva não só para o investidor em ações dessas empresas, mas também para o mercado de ações em geral, segundo analistas, pelo incremento de investimento externo, crescimento do mercado local e oferta de novos produtos financeiros.

"O investidor teria ações de uma nova empresa com grande volume de negócios e forte valor de mercado, pronta para a internacionalização", diz Alcides Leite, professor de Mercado Financeiro da Trevisan Escola de Negócios.

Como empresa, a nova bolsa tenderia a apresentar bons resultados financeiros, porque se beneficiaria de aumento de receitas e redução de custos. Do lado das receitas, o volume aumentaria com o crescimento da participação de investidores externos e locais. "O mercado tende a evoluir, porque o número de empresas listadas em bolsa hoje ainda é pequeno e há concentração de negócios em grandes companhias", diz Leite. "Em vez de competir, as duas bolsas vão somar forças", acredita Carlos Manuel Pereira, analista da Lopes Filho e Associados Consultores Financeiros. "Uma bolsa mais forte atrairia ainda mais a atenção do exterior."

Investimento

Analistas são unânimes em afirmar que o investidor que tinha visto este ano seu investimento em ações da BM&F desabar 36,67% e da Bovespa, 29,36% até terça-feira, deve manter o papel em carteira, mesmo depois da alta de 10,19% da Bovespa e de 15,41% da BM&F ontem. "Há espaço para mais valorização desses papéis", diz Leite.

O consultor financeiro Marcos Crivelaro também é da opinião que o investidor não deve desfazer-se agora dos papéis da Bovespa e da BM&F. "Só se estiver precisando de dinheiro, senão, é melhor aguardar." Ele lembra que, no lançamento no último trimestre, esses foram papéis que se valorizaram bastante e depois sofreram quedas fortes. "Agora, com essa notícia, eles tendem a buscar um preço mais justo", observa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE

UOL