segunda-feira, 31 de março de 2008

Mercados: Ibovespa se recupera no fim do dia e fecha com alta de 0,85%; no mês, índice caiu 3,97%

1/03/2008 - 17h57

SÃO PAULO - O mercado acionário brasileiro voltou a movimentar-se hoje com bastante volatilidade, sem firmar tendência. Nem mesmo a influência de Nova York foi perseguida de perto. As bolsas em Wall Street passaram boa parte do dia em alta, enquanto a bolsa paulista chegou a cair para um nível abaixo de 60 mil pontos. A orientação do índice esteve mais associada ao comportamento das ações da Petrobras e da Vale do que a fatores externos, onde não houve novidades de peso.

Ao afinal dos negócios, o Ibovespa marcou 60.968 pontos, com alta de 0,85% e volume financeiro de R$ 4,786 bilhões. Entre a máxima e a mínima do dia, o Ibovespa passou de 60.982 pontos a 59.916 pontos. No mês de março, o Ibovespa acumula baixa de 3,97%. No dia 29 de fevereiro, o índice indicava 63.489 pontos. Do início do ano até hoje, o Ibovespa tem perda de 4,57%.

José Simão Junior, operador da renda variável da Trust Investimentos, destaca o comportamento das ações da Vale e, principalmente da Petrobras, como a grande influência para a volatilidade do índice. O papel vem sendo comprado e vendido nos últimos dias ao sabor de comentários não confirmados sobre uma nova grande descoberta de petróleo.

Na segunda etapa dos negócios, as ações da petrolífera vinham caindo bastante, mas se recuperaram nos 30 minutos finais de pregão, assim como o Ibovespa. No término da sessão, os papéis PN indicaram alta de 1,90% (R$ 73,99) e as ações ON subiram 1,73% (R$ 89,67). As ações PNA da Vale, outro papel pesado no índice fechou com alta de 1,17% (R$ 50,79).

"Quase no final percebemos um fluxo razoável de compra de investidores estrangeiros em bolsa", diz o operador. A agenda fraca de indicadores externos também foi responsável pela volatilidade interna. Lá fora, o indicador de atividade de Chicago, dos gerentes de compras, veio acima do esperado para março e agradou os investidores.

Mas não foi um dado suficiente para dar tendência ao mercado. Por enquanto, os investidores continuam aguardando novidades sobre uma possível alta no juro local, que desfavorece os ganhos com ações, e o comportamento dos investidores estrangeiros após o discurso de Ben Bernanke, que está agendado para quarta-feira.

Na ponta negativa da bolsa paulista, chamou atenção a baixa de 7,15% das ações PN da empresa aérea Gol, que fecharam a R$ 26,09. O movimento, segundo operadores, foi puxado pelo balanço ruim divulgado mais cedo pela TAM, cujas ações caíram 1,60% (R$ 33,80). A companhia reportou um queda de 63,5% no lucro do último trimestre de 2007, devido a aumento de custos e despesas. No ano, o lucro baixou 78,9%.

(Bianca Ribeiro | Valor Online)

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